terça-feira, maio 22, 2007

EDUCAÇÃO: aulas suspensas – escolas em obras, em Camburi

O EPISÓDIO – No dia 18 de maio de 2007, a prefeitura de São Sebastião comunicou a suspensão das aulas, nas escolas públicas municipais de Camburi - costa sul de São Sebastião, para realizar reformas emergenciais.

O caso não é inédito, tendo ocorrido anteriormente em outras unidades escolares, mas está se tornando padrão na administração da rede de ensino municipal, certamente por falhas na detecção e na tomada de providências, oportunamente.

Em entrevista concedida hoje, 22.05.07, à rádio comunitária Costa Sul FM, a secretária municipal de Educação, Marilene Ramachotti Leite, afirmou que a atual administração encontrou os prédios das unidades de ensino em más condições, além de não oferecerem o número de vagas necessárias ao atendimento da demanda escolar.

Segundo a secretária, isso levou o governo municipal a implantar três turnos, no período diurno, para melhor aproveitamento da rede. Essa situação está ocorrendo na Escola Municipal de Camburi e na escola Profa. Maria José Penha Frugoli, na Enseada. O resultado é que os próprios alunos se vêem obrigados a realizar a limpeza do local de estudos, fato levantado por uma ouvinte e confirmado pela secretária. Prosseguindo em seu relato, afirmou que a prefeitura já gastou mais de R$ 900 mil reais em reformas de telhados de escolas.

Entre outras coisas e cositas, a qualidade da educação e o estado geral da rede de ensino público municipal são fatores que têm pesado na tentativa de reeleição de ex-prefeitos. Preocupado com o seu futuro político, o prefeito ‘autorizou’ a realização da caminhada ‘Seduc Itinerante’, inspirado na relação de Maomé com a montanha.

PRECEDENTES RECENTES – Em 2005, o prefeito Juan Garcia firmou um contrato interessante com o Instituto Uniemp. O gráfico acima mostra os valores e as obrigações contratadas junto à empresa.

Cerca de 40% do valor contratual correspondem a gastos com o sistema de manutenção predial permanente – pequeno e médio porte, cujas atividades seriam o diagnóstico físico das unidades de ensino e o desenvolvimento do sistema de manutenção.

O negócio, tamanha a transparência com que foi realizado, tornou-se invisível. Nada restou da operação a não ser um monte de relatórios, um artigo a respeito* e um processo tramitando na Justiça local.

É muito pouco, até aqui, pelo preço pago. Porém, não podemos nos esquecer de que a Justiça ainda nos deve uma boa resposta sobre a legalidade e as realizações da operação Projeto Aquarela. Contamos mais uma vez com o interesse de Maomé. Nós e os alunos da Escola Municipal de Camburi.

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* Caso o link não dê acesso, use o Google: "Sete milhões inexplicáveis"

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