domingo, junho 30, 2013

EM SÃO PAULO, ILHABELA ASSUME LIDERANÇA NA ARRECADAÇÃO DE ROYALTIES

Plataforma de Sapinhoá
O município de Ilhabela, no litoral norte de São Paulo, obteve em junho a maior arrecadação de royalties do petróleo e gás, em sua região e no estado. Essa posição deverá firmar-se daqui em diante graças a dois fatores: primeiro, ao crescimento de sua própria arrecadação, a partir da entrada em operação do Campo de Sapinhoá; e segundo, à queda na arrecadação de Caraguatatuba e São Sebastião, municípios vizinhos, por força de uma decisão legal, que reclassificou instalações de embarque e desembarque de petróleo e gás.
No mês de junho, a ANP - Agência Nacional de Petróleo publicou o relatório mensal de participações governamentais nos royalties onde constam os valores repassados às cidades da região: 1º) Ilhabela - R$ 5.132.272,71; 2º) São Sebastião - R$ 4.882.876,13; 3º) Caraguatatuba - R$ 4.671.627,21; e 4º) Bertioga - R$ 2.879.183,78.
Ilhabela, a mais rica
Com um orçamento de cerca de R$ 150 milhões, a cidade deverá superar essa arrecadação ao final de 2013, em virtude do excesso de arrecadação de royalties - a previsão orçamentária é de R$ 40 milhões -, atingindo ao final do exercício cerca de R$ 6.000,00, de receita orçamentária, por habitante.
Esse crescimento da receita de royalties ocorre por que Ilhabela é município “confrontante” com os campos de Mexilhão (26%) e Sapinhoá (100%), recebendo royalties pela produção desses campos, além dos demais critérios em que se enquadra, como de “município afetado pelas operações de embarque e desembarque de petróleo”, através do Tebar. (clique aqui).
São Sebastião e Caraguá perdem arrecadação
As perdas desses municípios, desencadeadas a partir de junho de 2013, são reflexo de uma nova redação e interpretação legal, que igualou as instalações portuárias aos “city gates” como critério para recebimento de royalties.
Com isso, o número de municípios com esse direito saltou de 23 (vinte e três),  em março 2013 (mês de produção), para 80 (oitenta), em abril 2013 (mês de produção), em todo o país.
Em maio de 2013, mês de crédito da produção de março, cada um dos vinte e três municípios arrecadou R$ 1.615.449,42. Em junho de 2013, mês de crédito da produção de abril, cada um dos oitenta municípios arrecadou R$ 570.936,37. Portanto a perda superou R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais) para cada um dos municípios atingidos por essa medida, na parcela dos royalties que representa 5% (cinco por cento da produção); o mesmo acontecendo em relação à parcela dos royalties que  excede a 5% (cinco por cento) da produção - ver royalties_alteracao_city_gates.
No dia 10 de junho de 2013, o prefeito de São Sebastião suplementou o orçamento da Câmara Municipal em R$ 3.000.000,00 (três milhões de reais), através do decreto nº 5796/2013, tendo como fonte dos recursos a expectativa de excesso de arrecadação. Em junho, funcionários da Saúde deram pela falta do pagamento de horas extras em seus holerites.
É emocionante ter no comando da prefeitura alguém tão bem orientado, equilibrado, coerente e confiável, por isso está tudo bom, tudo bem...

quinta-feira, junho 27, 2013

CENTRO DE CONVENÇÕES, ACORDO DE DEVOLUÇÃO DE VERBA DADE

Termo de Reconhecimento e Parcelamento de Débito do Convênio - DADE 060/2007 - Convenente - Secretaria de Turismo e a Prefeitura Municipal de SÃO SEBASTIÃO - Proc. SEP 0879/2007, Convenio DADE 060/2007 - Objeto: Construção do Centro de Convenções, Fase II - Parecer Juridico AJG 829/2012 –
CLÁUSULA PRIMEIRA: O MUNICIPIO reconhece o débito decorrente do descumprimento total dos termos do Convenio DADE 060/2007 no montante de R$ 740.119,99 correspondentes a 1º parcela e seu respectivo rendimento, acrescidos da correção do período de R$ 310.721,76, totalizando R$ 1.050.841,75 conforme cálculo de fls. 629/630 do Vol. III dos autos do Processo ST 0879/2007, obrigando-se a restituí-lo aos cofres públicos estaduais na forma abaixo: 
CLAUSULA SEGUNDA: O ressarcimento da quantia referida na cláusula anterior será feito em 50 parcelas mensais e consecutivas, no valor de R$ 21.016,83 cada uma, atualizadas anualmente, pela variação do IGPM – FGV, ou outro índice que, em substituição, venha a ser adotado pelo Estado para a correção dos débitos - 
PARAGRAFO PRIMEIRO: O Recolhimento será efetuado até o dia 10 de cada mês, através de GARE- Cod. 890-4, mediante depósito no Banco do Brasil S.A. para conta do Tesouro do Estado, especificando o número da parcela que está sendo recolhida, bem como o número total de parcelas do presente (a primeira, portanto como 01/50 e assim sucessivamente).- PARAGRAFO SEGUNDO: O MUNICIPIO encaminhará o comprovante do recolhimento de cada parcela ao Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias - DADE, da SECRETARIA, situado À Rua Bandeira Paulista 716, 5º andar, no Itaim Bibi, São Paulo – Capital.- PARAGRAFO TERCEIRO: As parcelas recolhidas a destempo serão acrescidas de juros moratórios de 0,5% ao mês.-
CLAUSULA TERCEIRA: O Descumprimento do presente acordo ensejará o vencimento antecipado da dívida. –
CLAUSULA QUARTA: Fica eleito o Foro da Comarca da Capital do Estado de São Paulo para dirimir as dúvidas oriundas do presente Acordo e na eventual cobrança judicial do débito, com exclusão de qualquer outro, por mais privilegiado que seja.- Data da assinatura do Termo de Reconhecimento e Parcelamento de Débito:12-06-2013
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terça-feira, junho 25, 2013

QUE FIM LEVOU A REFORMA POLÍTICA INICIADA EM 2011?

Senador Renan Calheiros
Presidente do Senado
2013-2014
 Pois é, ninguém toca nesse assunto, mas em fevereiro de 2011, por determinação do senador José Sarney, então presidente do Senado, instalou-se a Comissão de Reforma Política, presidida pelo senador Francisco Dornelles, formada por 15 senadores.
A comissão tinha como incumbência selecionar questões, discutir e elaborar propostas dentre os seguintes temas prioritários, selecionados por Dornelles: sistemas eleitorais, financiamento eleitoral e partidário, suplência de senador, filiação partidária, coligações, voto facultativo, data da posse dos chefes do poder Executivo, cláusula de desempenho, fidelidade partidária, reeleição e candidato avulso.
Em maio de 2011 foi entregue ao presidente do Senado, José Sarney, o relatório contendo 11 propostas aprovadas pela Comissão de Reforma Política, anteprojetos e projetos de lei.
As principais propostas apresentadas, de uma reforma que já não traria grandes mudanças ao sistema político-eleitoral, foram ficando pelo caminho, perdendo força, apoio dos congressistas, e finalmente deixadas para uma próxima oportunidade:
- Fim da reeleição: tornava inelegível presidente da República, governador e prefeito para os mesmos cargos, no período subseqüente;
- Coligações: permitia coligações eleitorais apenas nas eleições majoritárias (presidente da República, governador e prefeitos);
- Referendo: estabelecia que lei ou emenda constitucional que altere o sistema eleitoral seja aprovada em referendo para entrar em vigor;
- Fidelidade partidária: prevê a perda de mandato por desfiliação partidária em casos nos quais não se configure incorporação ou fusão de legenda, criação de novo partido, desvio de programa partidário e grave discriminação pessoal. Aqui se criou a exceção para casos de filiação a novos partidos.
E foi assim... a prometida reforma política transformou-se num remendo que acabou piorando a condição da sociedade, de qualificação e eficácia de suas escolhas eleitorais, e facilitando ainda mais a prostituição partidária, através da proliferação de novos partidos, praticamente prontos, com bancadas constituídas, horários de mídia definidos, apoio assegurado e lugares garantidos na organização governamental.
Não devemos confiar nos congressistas, eles não têm vergonha na cara, mesmo os mais bem intencionados estão submetidos ao núcleo de seus comandos, onde o “board” de cafetões-chefes estabelece a regras, toma as decisões.
Com esses congressistas que estão aí não dá para esperar por mudanças, principalmente que sejam promovidas por eles e no campo em que eles atuam; ali, deitam e rolam, isso já está mais do que provado...