terça-feira, maio 21, 2013

PROPOSTA DE REAJUSTE ULTRAPASSA PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA

Jornal Imprensa Livre

No mês de abril, o Sindserv - Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de SãoSebastião realizou assembléia geral para definir a proposta a ser encaminhada ao governo municipal, objetivando o dissídio salarial 2013. “De acordo com a reivindicação, dentro da campanha salarial, sugerida pelo Sindserv, o chamado “aumento real” seria de 10%, acrescido do índice da inflação, projetado em 6,31%. A categoria pleiteia ainda reajustes no vale-alimentação - de R$ 170 para R$ 250 - e no vale-refeição - de R$ 15 para R$ 24.”
Além da proposta salarial, o sindicato encaminhou outros pedidos, resultantes da campanha socioeconômica, que promoveu entre seus associados: 1) fim da política das Horas Extras (que mascaram a inexistência da valorização salarial significativa e prejudica o servidor no salário, férias, 13º salário, aposentadoria e pensionistas); 2) fim do assédio moral; 3) manutenção das vantagens já conquistadas; 4) redução progressiva dos serviços terceirizados; 5) Plano de Cargos, Carreira e Salários; 6) pagamento de passivos devidos aos servidores; 7) auxílio funeral; 7) fornecimento de EPI’s, equipamentos de proteção individual; 8) revisão e pagamento de insalubridade, periculosidade e adicional de risco atividade.
Proposta do Poder Executivo
O secretário municipal de Administração, Reinaldo Luiz Figueiredo, reunido com o presidente do Sindserv, Ivan Moreira, apresentou a proposta do Executivo aos servidores, baseada nos estudos realizados pela prefeitura: reajuste salarial de 6,49%, vale-refeição de R$ 16,00 e vale-alimentação de R$ 180,00. O secretário revelou que o governo municipal estuda a implantação do seguro de vida com auxílio funerário, notícia essa bem recebida pelo presidente do sindicato, que mostrou descontentamento em relação à proposta de reajuste salarial e dos vales, apresentada em caráter final. 
Gastos com Pessoal e Encargos Sociais
O governo municipal, durante a gestão Ernane Primazzi, demonstra enorme dificuldade em planejar e controlar as despesas com pessoal e encargos socais, comprometendo gravemente a execução do planejamento orçamentário que ele próprio elabora. Em 2012, a despesa fixada no orçamento era de R$ 176 milhões; ao final do exercício atingiu R$ 202 milhões.
Em 2013, essa despesa, fixada na lei orçamentária, é de R$ 204,5 milhões, pouco mais do que o realizado no exercício anterior. No primeiro quadrimestre, janeiro a abril, a despesa com pessoal e encargos sociais atingiu R$ 67 milhões. A partir de maio, com a incorporação do reajuste autorizado (6,49%),  estará em andamento um novo estouro dessa conta, ao final  de 2013, em cerca de 15% (quinze por cento) do valor fixado.
A falta de definição de uma política salarial de médio prazo (plurianual), da instituição do plano de cargos, carreiras e salários e de modernização da estrutura organizacional da prefeitura criou o seguinte cenário: a prefeitura paga o que não poderia, do ponto de vista orçamentário, e mesmo assim o funcionalismo vai vendo ser achatado o seu ganho real, ano a ano - índices de reajuste (anual e acumulado), evolução de vencimentos e do quadro funcional (não inclui Poder Legislativo e Fundação Deodato Santana).

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