Está circulando a informação de que a empresa Supermercados Krill irá instalar em Boiçucanga mais uma de suas lojas. O local apontado fica na Avenida Walkir Vergani (veja na imagem ao lado), nome dado à rodovia no trecho em que corta o bairro.
Quem conhece essa região sabe das limitações do sistema viário local, especialmente em seu centro comercial, onde se concentram as principais atividades comerciais e de serviços disponíveis no bairro.
As ruelas não se prestam ao trânsito mais intenso de veículos e menos ainda ao de veículos pesados; são muito estreitas, não dispõem de áreas para estacionamento, não existem calçadas para circulação de pedestres.
Outra de suas características é a de não dispor de rotas alternativas, porque está encravada de tal modo que toda a circulação tem que se conectar à Avenida Walkir Vergani, juntando-se ao trânsito de passagem que flui ininterruptamente por aquela avenida.
Quando aconteceu a primeira audiência pública sobre a construção do Hospital da Costa Sul, em que foram debatidas as mudanças que o Poder Executivo pretendia realizar na Lei de Uso e Ocupação do Solo, perguntei ao prefeito Ernane Primazzi se haviam sido realizados estudos de intervenções no sistema viário, exatamente para prever que tipo de obras seriam necessárias no decorrer do tempo para solucionar a provável saturação das atuais vias de circulação, projetando rotas alternativas de acesso ao futuro hospital.
Em respostra, ele disse que ‘foram feitos os estudos’. Eu pedi a ele que os apresentasse. Ele disse que seriam incorporados ao documental do projeto do futuro hospital, no momento do licenciamento.
A pergunta ressurgiu de outros participantes da audiência e a resposta foi-se alterando, chegando ao seguinte: para que estudos se o hospital não vai aumentar o trânsito na avenida. Na ocasião, o prefeito foi além, afirmando que a situação seria bem pior caso ali se construísse um supermercado, como era provável que acontecesse caso a prefeitura não desapropriasse o imóvel para a construção de um hospital.
Pois bem, o hospital até agora não deu sinal de vida, mas os empresários não desistiram da idéia de construir um supermecado no bairro. Eu espero, prefeito, que você tenha recuperado o bom sendo; espero que você não pense que esse assunto será resolvido no interior da secretaria de Obras, do seu Gabinete e em outras dependências da prefeitura. Espero também que pense bem nos argumentos que vai utilizar e que nem se atreva a dizer que “uma meia dúzia não quer deixar que a população compre mercadorias mais baratas”. Não faça isso, mesmo que o negócio inclua desde já sua atuação como garoto-propaganda dos preços baixos.
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