O governo municipal avaliará as propostas até 17 de setembro de 2010. O projeto escolhido será apresentado em audiência pública, até o dia 30 de setembro de 2010. Assim será o processo de seleção da planta operacional do empreendimento.
O trabalho de recepção, avaliação e escolha da melhor proposta será realizado pelo Comitê Gestor da PPP, composto pelos secretários municipais da Fazenda, de Assuntos Jurídicos, de Administração, de Obras Públicas e de Meio Ambiente, conforme determina o artigo 20, da Lei Municipal nº 1969/2009, que “Institui o Programa de Parcerias Público-Privadas - PPP no Município de São Sebastião”.
Entre os dias 15 de outubro e 15 de novembro de 2010, o edital de licitação da PPP, na modalidade Concessão Administrativa, estará aberto para consulta pública. Na PPP serão responsabilidades do Parceiro Privado: construção da usina, investimento em equipamentos, manutenção predial, operação, serviços de limpeza e segurança, cumprimento do quadro de indicadores de desempenho e atualização tecnológica continuada.
Ao Parceiro Público (prefeitura) caberão as seguintes atribuições: garantia de demanda (envio do lixo), disponibilização da área para construção, fiscalização dos indicadores de desempenho e fornecer garantias aos investidores (investimento e contraprestação).
A Concessão Administrativa terá duração de 35 (trinta e cinco) anos, com o objetivo de construção e operação de Usina de Processamento de Resíduos Sólidos Urbanos com tratamento de gases. Vencerá a licitação quem oferecer o menor valor de contraprestação a ser paga pelo licitante (prefeitura). O investimento previsto é de R$ 150 milhões, por parte do parceiro privado.
O valor teto da contraprestação foi definido em R$ 115,00 por tonelada de lixo processado. Estudos realizados pela empresa Actuale Consultoria e Assessoria concluíram que esse valor representa um ganho de 26% (vinte e seis por cento) sobre o gasto atual com a ‘exportação do lixo’, R$ 156,00 por tonelada. Segundo a empresa, esse ganho corresponde à economia do custo do transporte. Esse é o benefício financeiro que a implantação da Usina de Lixo trará para São Sebastião, revelam os estudos realizados pelos consultores da Actuale.
A planta operacional do empreendimento tem capacidade inicial para processar 500 toneladas por dia, São Sebastião terá que garantir essa demanda. Não se sabe até quando, no decorrer de 35 anos, a capacidade de processamento será suficiente. O Modelo do Negócio não prevê investimentos em expansão, por parte do parceiro privado; cita apenas “atualização tecnológica contínua”.
São Sebastião está se metendo em um negócio cujas variáveis de risco são inúmeras, baseando-se em estudos ficcionais, inconsistentes, porque eliminam custos que continuarão presentes - como o transbordo do lixo ao portão de entrada da futura usina, por exemplo. A variável de sucesso é a produção de energia, cujo excedente será comercializado pelo Parceiro Privado.
Vou voltar ao assunto, mas fica aqui mais um alerta a todos: olho vivo nessa história porque ela está mal justificada, mal elaborada e mal apresentada. A não ser que ceder uma área de 36.000 m2 e garantir retorno a um investimento de R$ 150 milhões, fornecendo diariamente 500 toneladas de lixo, durante trinta e cinco anos, seja um compromisso interessante em troca da 'economia presumida' de R$ 40,00 por tonelada de lixo que o municipio de São Sebastião exporta.
Na modalidade de Consórcio Público Municipal toda essa responsabilidade seria repartida entre os municípios interessados. Isoladamente, como São Sebastião se aventura a assumir o negócio, a operação é de altíssimo risco às finanças públicas municipais.
Ao invés de contratar um consultaria para orientá-lo sobre como viabilizar a Parceria Público-Privada, o prefeito Ernane Primazzi deveria contratar um especialista em finanças públicas para mostrar-lhe o tamanho do buraco em que pretende enfiar a cidade que administra. A não ser que ele queira nos convercer de que os membros do Comitê Gestor da PPP, ocupantes de cargos comissionados, estejam atentos, sejam capazes e mostrem-se interessados em aprofundar as análises dessa operação.
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4 comentários:
Será que a população terá chance de ver estes projetos, comenta-los, opinar sobre como queremos que isto seja implantado em São Sebastião? Que tenhamos uma Audiência Pública, melhor do que foi a ultima, onde divulgam um assunto e o tema abordado é outro. Vamos aguardar!
Vamos ver quais dúvidas serão colocadas até o dia da audiência, 30 de setembro. Mas o período determinante para colocação de questões inicia no dia 18 de setembro, quando a PMSS já deverá ter escolhido qual planta operacional pretende licitar, via PPP.
Vamos ver o que irá acontecer. Minha opinião é que o negócio já está bem encaminhado com a DDMA, que defende o modelo que tem servido de referência para os estudos apresentados.
Usina de lixo em Sao Sabastiao?
Me desculpem, mas ceio que isso nada pode trazer de útil para o município uma vez que trará poluiçao. Nossa cidade já está perdendo a sua identidade de paraíso ecológico por conta das queimadas, da ocupaçao desenfreada no teritório de mata e agora mais esta?Sou contra qualquer projeto que venha alterar a paisagem natural do Município.
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